Mês do Orgulho LGBTQIA+: uma história de luta contra o preconceito e em favor da diversidade

O mês de junho é dedicado à elevação das vozes, celebração da diversidade e apoio aos direitos da população LGBTQIA+ no mundo. Ao longo do mês, em vários países, são organizados desfiles, protestos, memoriais e celebrações pela vida de membros da comunidade.

Muitos não sabem a razão de junho ter sido escolhido como o mês desses eventos, mas se deve à manifestações que ocorreram em 28 de junho de 1969, nos Estados Unidos. E que tomou não apenas a América mas todo o mundo, sendo até hoje lembrado e celebrado.

A Revolta de Stonewall

Stonewall Inn era um bar de Nova York, o lugar era considerado um dos poucos ambientes seguros e socialmente abertos para a comunidade LGBTQIA+ da época.

Naquele tempo, não ser heterossexual era crime nos Estados Unidos. Nas ruas de Nova York, quem não vestisse pelo menos três peças de roupa “apropriadas ao seu gênero” poderia ser preso.

Por esse motivo, o bar era frequentemente perseguido, e era comum batidas policiais com bastante violência, porém, em 28 de Junho de 1969, o cenário iria mudar, dando início a Revolta de Stonewall, uma série de manifestações da comunidade LGBTQIA+ contra a invasão da polícia de NY.

A partir daí, esse cenário de manifestação se tornou o evento mais importante para o movimento moderno de luta pelos direitos e cidadania de pessoas LGBTQIA+ e contra o preconceito e a violência, além de reforçar a importância do respeito e tolerância.

No Brasil, a Parada do orgulho LGBTQIA+ de São Paulo acontece na Avenida Paulista, desde 1997. No ano de 2006, foi nomeada a maior parada do orgulho LGBT do mundo pelo Guinness World Records.

O que significa LGBTQIA+

A sigla LGBTQIA+ remete à diversidade sexual existente entre os humanos e significa: Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, Intersexuais, Queer, Assexuais, entre outros. Na década de 1990, alguns movimentos culturais e políticos utilizavam a sigla “GLS”, (Gays, Lésbicas e Simpatizantes), para se referir à comunidade.

Com o tempo, outras expressões sexuais conquistaram visibilidade e relevância política dentro dos próprios movimentos LGBTQIA+ e passaram a ser representadas também pela sigla do movimento.

Dados para entender a luta contra a homofobia no Brasil

Como vimos, as passeatas do movimento LGBTQIA+ estão historicamente relacionadas com protestos de acesso à cidadania e a direitos. Listamos abaixo alguns dados para que se possa entender a importância da luta contra a homofobia no Brasil.

Uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) com base nos dados obtidos pelo Disque 100, referentes à 2017, sobre a população LGBT, constatou que:

73% dos estudantes LGBTs afirmam ter sido vítimas de violência verbal;

36% dos estudantes LGBTs afirmam ter sido vítimas de violência física.

Além disso, as denúncias feitas por LGBTs mostram como o grupo ainda é vítima de violência:

Violência psicológica: 35%

Discriminação: 35%

Violência física: 20%

Criminalização da homofobia

Em 2019, a LGBTfobia tornou-se crime no Brasil. Por meio de uma votação, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por um placar de 8 votos a 3, que a discriminação contra homossexuais e transexuais é um crime com pena prevista de 1 a 3 anos de prisão, além de multa.

Símbolo de orgulho!

A bandeira do arco-íris – criada pelo artista Gilbert Baker em 1978 – é usada como símbolo do orgulho LGBTQIA+, mas você sabia que cada cor da bandeira tem seu próprio significado?

Na conhecida bandeira de seis cores, o vermelho simboliza a vida, o laranja simboliza a cura, o amarelo é o sol, o verde é a natureza, o azul representa a harmonia e o roxo é o espírito. Na bandeira original de oito cores, o rosa choque foi incluído para representar o sexo e o turquesa para representar a magia/arte.

Houve muitas variações na bandeira. Em 2021, a bandeira foi alterada em solidariedade aos protestos do Black Lives Matter, incluindo preto para representar diversidade, marrom para representar inclusão e azul claro e rosa, as cores da bandeira do orgulho trans.

Marcas que apoiam a diversidade LGBTQIA+

Nos orgulhamos de ser o lar de diversas marcas que se esforçam ativamente em prol da representatividade LGBTQIA+. Por isso, separamos três marcas com ações e iniciativas em favor da diversidade.

A C&A, tem como uma de suas principais missões ajudar o consumidor a expressar sua identidade por meio de suas escolhas, por isso, como mais uma das iniciativas em torno da diversidade, a varejista de moda apresenta nova entrada de produtos com a temática Pride. As peças que compõem o lançamento foram pensadas para destacar as cores da bandeira do movimento LGBTQIA+, inspirada nos tons do arco-íris. Você encontra as peças tanto na loja física (Piso L1), quanto na loja on-line ao pesquisar “Pride” ou “LGBT”.

Outra apoiadora da causa é a loja de departamento Renner, que além de lançar peças enaltecendo o símbolo do movimento LGBTQIA+, disponíveis no site e na loja física (Piso L2), está divulgando diversas iniciativas para ampliar a discussão sobre a temática dentro da companhia. Nesse sentido, lançou a tag #OrgulhoDeSerTodosOsEstilos, pensada para trazer a reflexão de que o movimento é muito mais do que vestir todas as cores do arco-íris, e sim, encontrar a sua essência e se expressar durante todos os meses do ano. Além disso, a marca também tem utilizado o espaço online para mostrar a sua atuação em relação à representatividade no ambiente profissional interno. Segundo a fastfashion, 17% dos cargos de lideranças são ocupados por pessoal LGBTQIA+.

E nessa jornada de diversidade e apoio está a Hering, marca conhecida por suas peças casuais. Uma das mais emblemáticas é a camiseta básica, batizada de World. E pensando em integrar o produto queridinho com a causa, a loja lançou a campanha #OrgulhoTotal, onde parte das vendas da camiseta nas cores amarelo, rosa, azul ou verde, será destinada a Casa Neon Cunha, que acolhe e presta serviços à população LGBTQIA+.

O Movimento LGBT enfrenta uma das lutas mais acirradas e violentas para, simplesmente, terem seus direitos básicos assegurados. Ainda que tenham conquistado muito nas últimas décadas, é preciso seguir pela conscientização da população, principalmente se levarmos em consideração que o Brasil é o país que mais mata homossexuais em todo o mundo. Por fim, vale ressaltar a importância da luta e busca por espaço de reconhecimento, diálogo e respeito.