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Tão popular quanto o café, a cerveja é um patrimônio para os brasileiros. Desde as mais econômicas até as artesanais, a bebida tem diversas formas de produção, mas ainda é vista como algo masculino, principalmente nas peças publicitárias.
Tanto, que ao pesquisar, o termo “cervejeira” remete ao local de armazenamento da cerveja e “cervejeiro” remete ao homem que produz a cerveja.
A temática das mulheres e sua relação histórica com a produção da cerveja ainda é pouco conhecida e difundida, tanto no meio cervejeiro quanto fora dele. À medida que cada vez mais mulheres conquistam espaço dentro desse mercado (ou mesmo fora dele, enquanto pesquisadoras da área, por exemplo) podemos observar que este debate tem se ampliado.
O fato é: as mulheres foram responsáveis pela produção da cerveja durante milênios – e aqui temos, pelo menos, seis mil anos, período em que se tem os primeiros registros históricos. Para iniciar essa conversa vamos pontuar algumas questões breves, mas de extrema relevância para o assunto:
Arqueologia da Cerveja
Baseado em diversos estudos arqueológicos e artefatos mapeados, os primeiros registros que se tem sobre a existência da cerveja datam de ao menos 6.000 a.C., e foram encontrados entre os povos da antiga Suméria e Mesopotâmia, regiões que compreendem os atuais territórios do Iraque, Kwait e algumas partes da Síria.
Além de outros locais na Ásia (como China), mais registros podem ser identificados entre os egípcios e diversos outros povos no continente africano, assim como no continente americano.
É importante pensarmos que a cerveja como a conhecemos hoje é muito distinta de outras receitas que a bebida já teve ao longo dos séculos: em cada cultura e localidade em que era produzida a bebida fermentada, diferentes insumos e técnicas de produção eram usados.
Os grãos utilizados variavam de acordo com a agricultura de cada região, assim como as tecnologias se moldavam junto com as tradições de cada povo: na Europa, a cevada e o trigo eram os principais cereais das produções, no continente africano era comum a utilização do sorgo e entre povos da Ásia, o trigo e adição de mel entravam em cena.
No Brasil, sabe-se da utilização da mandioca pelos povos indígenas para a fabricação do Cauim. Na América Latina, assim como na América do Sul, principalmente entre povos da Cordilheira dos Andes, a produção de Chicha era muito conhecida, sendo o milho o principal cereal utilizado.
História da Cerveja e História da Humanidade: onde as mulheres se encaixam nessa história?
A partir desses dados, é possível concluir que a história da cerveja caminha junto com história da humanidade e seu desenvolvimento, especialmente no que diz respeito à agricultura, economia, e às tradições culturais ao redor do mundo. E onde as mulheres se encaixam nessa história?
Em todos os continentes e culturas mencionados, lá estão as mulheres como principais responsáveis pela produção da cerveja.
A explicação histórica para este fato é que, em boa parte destas sociedades, a agricultura e a alimentação eram uma tarefa feminina. O conhecimento sobre a terra e o clima, as habilidades desenvolvidas para o plantio, cultivo e colheita dos grãos e a preparação dos alimentos para as famílias e comunidades eram tarefas desempenhadas quase que exclusivamente pelas mulheres.
Simbologias em torno da cerveja e das mulheres: relações para além do consumo
Historicamente, a cerveja sempre esteve vinculada à alimentação. Mas para além deste significado do consumo, outras simbologias surgem dessa relação feminina com a bebida. Em diversas culturas, a cerveja desempenhou muitos papéis: em rituais religiosos, como moeda social e de troca, em festejos e eventos, como medicamento devido a determinadas propriedades e muitos outros. Ou seja, sua relevância sempre foi ampla para as sociedades.
Como as mulheres eram as principais produtoras e, antes do século XVII, não se sabia sobre a presença do álcool e seus efeitos na mente e no corpo, em muitas culturas estas eram frequentemente associadas a divindades ou à ponte de comunicação com o considerado “divino”. Fabricar a bebida era uma atividade sagrada.
Não é à toa que um dos registros mais antigos sobre cerveja é uma oração destinada a Ninkasi – considerada a Deusa da Cerveja na mitologia suméria. Essa oração trata-se praticamente de uma receita de como produzir cerveja, e data de pelo menos 1.800 a.C.
Para trazer mais um exemplo sobre essa simbologia, no Brasil (produção do Cauim), e em demais partes da América Latina (produção de Chicha), a cerveja era fabricada a partir de grãos mastigados pelas mulheres, cozidos e fermentados. As enzimas presentes em suas salivas tornavam possível a conversão do amido em açúcar, o que resultaria em sua posterior fermentação e produção do álcool. Nestas culturas, somente as mulheres podiam realizar a etapa da mastigação.
Eram elas, portanto, que alimentavam literal e simbolicamente suas comunidades.
A descoberta do lúpulo também foi um feito feminino, evento que revolucionou para sempre a história da cerveja, já que uma de suas principais qualidades é a conservação. Foi no século XI, pela monja alemã Hildegard von Bingen, que também desempenhava outras atividades como teóloga, compositora, médica informal, dramaturga, poetisa e escritora.
Na Idade Média, na Europa, as mulheres seguiam sendo as protagonistas. Há registros que as primeiras tabernas seriam nas próprias casas das mulheres, que sinalizavam na entrada de suas moradas quando a cerveja estava pronta. A produção e distribuição da bebida também gerava renda para as famílias, e, inclusive, fazia parte do enxoval das noivas, equipamentos para a produção da bebida.
Mudanças de panorama
À medida que os sistemas políticos vão se modificando ao longo dos séculos, nos deparamos com o surgimento das fábricas e a consequente Revolução Industrial. Neste novo contexto, o abandono cada vez mais crescente das produções caseiras e o direcionamento cada vez maior para as fábricas e a produção em massa fizeram com que a administração dos negócios e da produção cervejeira fosse se distanciando cada vez mais das mulheres e se aproximando dos homens. Afinal, ao menos no cenário europeu e em territórios sob sua influência, as mulheres não eram permitidas a assumir postos de poder dentro das fábricas, limitando suas atividades a apenas como operárias.
A perspectiva se inverteu tanto que as mulheres que seguiram produzindo a bebida eram acusadas de bruxaria e foram perseguidas durante a Idade Média. Ao longo da modernização das sociedades, esta atividade foi sendo cada vez mais afastada das mulheres. E não somente enquanto produtoras, mas até mesmo como consumidoras.
O esquecimento das mulheres nesta história
Com as sociedades passando por constantes transformações, também houve o surgimento, já no século XX, das propagandas de massa e do desenvolvimento da comunicação global.
Com isso, a imagem da mulher passou a ser utilizada nas propagandas a fim de induzir ou impulsionar vendas, mas estas não foram colocadas como produtoras, criadoras e sequer consumidoras, independentemente do produto em questão.
Nas propagandas de cerveja não foi diferente! Inclusive, foi justamente a partir destas, que a imagem da mulher passou a ser utilizada de forma ainda mais objetificada do que em outros produtos. Sempre como um artifício de vendas, nunca como público-alvo. Sendo que, segundo um estudo recente do Consumer Insights, estas são um público cada vez mais ascendente no consumo da cerveja – ao menos no Brasil.
Revertendo a cena
Foi um processo longo até que as publicidades fossem, aos poucos, modificando o modo de “vender” a bebida. E não somente as publicidades, mas a própria disputa do meio cervejeiro pelas mulheres foi se intensificando durante os últimos anos.
E, evidentemente, essas mudanças não vieram do nada. Tudo é fruto de muita luta, empenho e desafios. Não só no aspecto da representação midiática, mas a representação dentro do meio da cerveja, nos mais diferentes setores e postos de trabalho.
Cada vez mais as mulheres estão se capacitando e conquistando seu espaço dentro da área, e almejam ser reconhecidas e valorizadas pelas suas criações e contribuições profissionais.
E não somente o prestígio social, mas financeiro também. Trouxemos esta breve reflexão sobre as propagandas apenas para fazer uma provocação, pois sabemos o quão importantes são as publicidades em influenciar o modo como pensamos e vemos o outro. Até porque, as mulheres não somente devem ser vistas como consumidoras, mas também devem ser reconhecidas pela importância do trabalho que executam.
Seja como consumidoras, produtoras, proprietárias de cervejarias e à frente dos negócios, empreendedoras, mestres cervejeiras, criadoras das receitas e líderes na produção caseira ou industrial, sommelières, publicitárias, químicas, biólogas, historiadoras ou qualquer outra área em que estejam.
Mesmo com a ascensão da cultura e do mercado das cervejas artesanais no Brasil nas últimas décadas, garantir a presença feminina nesses espaços segue sendo um desafio tão grande quanto a conquista dentro do mercado de cervejas não especiais.
E quando falamos de presença feminina, temos que abranger aqui mulheres em toda sua diversidade, principalmente na questão étnico-racial, pois sabemos que os desafios se complexificam ainda mais dependendo de quem é a mulher nesta história.
A importância desse debate é conhecermos mais sobre essas histórias que, talvez para muitas, até então eram desconhecidas.
Por Ana Gabrielle Ramos, redatora
Fontes: Como fazer cervejas, Papo de bar e Cervejas Mulheres.
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