Dia Mundial da Fotografia: Uma imagem vale mais que mil palavras?

Uma imagem que captura um momento e o torna eterno, sem dúvida é um dos instrumentos mais extraordinários já inventados pelo homem. O registro de acontecimentos em forma de imagens, revolucionou a sociedade de diversas formas.

A cultura, economia, artes e a história em geral mudou depois que momentos passaram a ser registrados, demonstrando uma riqueza de detalhes, que outras formas de “registro” não conseguem descrever.

Atualmente a fotografia desempenha um papel fundamental na comunicação, afinal quem nunca ouviu a frase do filósofo chinês Confúcio, que “uma imagem vale mais que mil palavras”? A imagem pode transmitir toda a informação que uma mídia quer passar ao seu leitor, sem ter nada escrito.

Além disso, qualquer pessoa pode entender a informação contida na imagem, independente do seu grau de instrução, cultura ou idioma. A fotografia se tornou um elemento essencial na comunicação humana devido sua capacidade de transmissão de conceitos e idéias, que são absorvidas de maneira rápida.

As fotografias também podem ser utilizadas para recordar ou como uma forma de expressão artística. Quem não tem uma foto para ilustrar uma viagem entre amigos, um jantar ou as várias descobertas de um bebê? Impossível não ter essas imagens disponíveis em um aparelho celular, que podem ser acessadas a qualquer momento.

E existem aqueles que fazem da fotografia uma extensão do seu olhar e emoções e a tornam uma profissão. Os fotógrafos expressam sua arte nos detalhes da captura de uma imagem e param no tempo em um determinado momento. Existem artistas que conseguem transmitir sensações em suas obras.

Já sentiram vontade de chorar observando uma imagem, seja por ela despertar dor ou alegria? Isso é muito comum quando lançamos um olhar mais atento para as imagens que somos expostos diariamente.

As imagens escondem sentimentos. Um mesmo objeto, visto por olhares de fotógrafos diferentes, transmite mensagens distintas. No Dia Mundial da Fotografia, celebrado em 19 de agosto, olhe com atenção as imagens ao seu redor e descubra o que está oculto em cada registro.

Origem do Dia Mundial da Fotografia

O dia 19 de agosto foi escolhido para homenagear a invenção do daguerreótipo, o antecessor das câmeras fotográficas. Em 19 de agosto de 1839 que a Academia Francesa de Ciências anunciou mundialmente a nova invenção. O aparelho foi desenvolvido pelo francês Louis Daguerre, em 1837.

Em 1839 também foi inventado o calótipo, um outro sistema de captura de imagens, criado por William Fox Talbot. Por essas invenções, 1839 foi consagrado como o Ano da Invenção da Fotografia.

Uma nova arte

Nascido Henri Georges Cartier-Bresson, em 22 de agosto de 1908, no interior da França, Henri faleceu no dia 3 de agosto, em 2004, aos 95 anos de idade.

Quando criança, Henri ganhou uma câmera fotográfica Box Brownie, com a qual produziu inúmeros registros instantâneos. Além de fotografar, Bresson também pintava e foi para Paris estudar artes em um estúdio.

Desde muito cedo, Henri Cartier-Bresson se interessou pela pintura, o que lhe deu um olhar artístico sobre a paisagem e uma maior concepção de luz e ângulos. A união de tudo isso somada a sua sensibilidade artística fez de seus registros fotográficos uma verdadeira obra de arte, sendo o mais importante fotógrafo do mundo no século XX.

Discípulo da escola fotográfica inaugurada por Bresson, o mineiro Sebastião Salgado é festejado atualmente como um dos maiores fotógrafos em atividade no mundo.

O legado de Salgado

Nascido em Aimorés, cidade do Vale do Rio Doce mineiro, Sebastião Ribeiro Salgado Júnior é formado em Economia, mas foi na fotografia que encontrou sua verdadeira vocação. Salgado fotografa somente em preto e branco.

Após passar pelas principais agências de fotografia do mundo, Sebastião Salgado publicou seu primeiro livro, em 1986, batizado de Outras Américas. No livro, Salgado registrou as mazelas da pobreza na América Latina. No mesmo ano publicou Sahel: O Homem em Pânico, resultado de uma longa colaboração de doze meses com a organização não-governamental Médicos sem Fronteiras, cobrindo a seca no Norte da África.

Seu livro Êxodos, de 2013, é considerado por muitos como o mais importante livro fotográfico documental publicado nos últimos anos.

Sebastião Salgado recebeu praticamente todos os principais prêmios de fotografia do mundo, como reconhecimento por seu trabalho.

Em 1994 fundou a sua própria agência de notícias, As Imagens da Amazônia, que representa o fotógrafo e seu trabalho. Em 6 de dezembro de 2017 tomou posse da cadeira n.º 1, das quatro cadeiras de fotógrafos da Academia de Belas Artes da França, sendo o primeiro brasileiro a integrar o rol de imortais da instituição.